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Vereador Oliveira Lima propõe em Maceió um projeto de Lei que reconhece a arte marcial Karatê como Patrimônio Cultural Imaterial / Foto: Likman Uladzimir

PROJETO DE LEI PROPOSTO PELO VEREADOR OLIVEIRA LIMA RECONHECE EM MACEIÓ A ARTE MARCIAL KARATÊ COMO PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL

O projeto de Lei 273/2021 de autoria do vereador Oliveira Lima, propõe em Maceió, que a arte marcial Karatê seja reconhecida como patrimônio Cultural e Imaterial. Valorizando assim, a expressão cultural do método no município.

Os bens culturais de natureza imaterial são aqueles dizem a respeito às práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer, celebrações, formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas e em diversos lugares que abrigam práticas culturais coletivas. São referências culturais fundadas na tradição e manifestada por indivíduos ou grupos como expressão de sua identidade cultural e social.

A história do karatê no Brasil se inicia em 1959, quando o então imigrante Shihan (Mestre) Sadamu Uriu, veio do Japão e introduziu o karatê no Brasil, nas pesquisas, a sua história se confunde com a do próprio karatê brasileiro. Em 1964, alguns alunos e admiradores ajudaram Mestre Uriu a montar a academia Shidokan, na Usina, no estado do Rio de Janeiro. Com a formação de vários atletas faixas-pretas pelo Mestre Uriu, na Shidokan, e pelo Mestre Tanaka, na Kobukan, começam a surgir diversas academias, expandindo-se, assim, o karatê no Rio de Janeiro.

Ao longo das décadas de 60, 70 e 80, alguns marcos na história do karatê brasileiro mereceram ser registrados, como: Em 1964, com o karatê no Rio de Janeiro filiado à Federação Carioca de Pugilismo é realizado o 1º Campeonato Carioca de Karatê. Após este campeonato, o karatê, em diversos estados, filia-se às respectivas federações de pugilismo; em 1968 a 1970, o Mestre Uriu introduziu o karatê no estado da Bahia, sendo, neste período, técnico da seleção baiana; em 1969, é realizado pela Confederação Brasileira de Pugilismo, o 1º Campeonato Brasileiro de Karatê, no Rio de Janeiro, com o auxílio dos mestres Uriu e Tanaka. O Rio de Janeiro conquistou o 1º lugar, ficando em 2º São Paulo e 3º a Bahia; em 1970, o Brasil participa do 1º Campeonato Mundial, realizado no Japão; em 1972, o Brasil participação do 2º Campeonato Mundial, realizado na França; em 1975, o Mestre Uriu, trouxe pela primeira vez ao Brasil o Mestre Masatoshi Nakayama. Nesta ocasião, o Mestre Nakayama ministrou um curso de aperfeiçoamento técnico no Rio de Janeiro; em 1978, o Brasil participou do 1º Campeonato Pan-americano, no Peru. Neste mesmo ano, o Mestre Uriu trouxe para o Brasil o Mestre Tetsuhiko Asai. A partir desde momento se inicia uma amizade que perdura até os dias de hoje; em 1988 foi realizado o 1º Campeonato Sul-americano de Karatê, com o Brasil sagrando-se campeão; em 1989, o Brasil venceu o Campeonato Pan-americano, realizado na Venezuela; • Em 1990, o Brasil conquista o bicampeonato no 2º Campeonato Sul americano de Karatê e o vice-campeonato no 7º Campeonato Pan-americano de Karatê; em 1991, o Brasil conquistou o Campeonato Sul-americano, realizado no Paraguai, e o 5º lugar no Mundial do México; em 1993, o Brasil consegue o 3º lugar no Mundial da África do Sul. Durante muitos anos, Mestre Sadamu Uriu foi o técnico da seleção brasileira, contribuindo para firmar o nome do Brasil no karatê internacional. Foi, também, técnico da seleção carioca, aperfeiçoando o karatê no estado do Rio de Janeiro; em 1991, mestre Uriu foi o coordenador técnico do 1º Congresso Brasileiro de Professores de Karatê. Embora importante e necessária, a forte expansão do karatê no Brasil nas décadas de 70 e 80 gerou, no final dos anos 80 e início dos anos 90 conflitos de interesse e até mesmo um certo afastamento dos seus princípios e da sua essência. A consequência disto foi à perda de uma parte dos seus adeptos e, de certa forma, da própria força do karatê brasileiro. Preocupado com esta situação, em 1994, Mestre Sadamu Uriu fundou a Confederação Brasileira de Karatê Shotokan – CBKS, com o objetivo de trabalhar pelo desenvolvimento do esporte sem interesses econômicos, políticos e de poder. Todo o esforço foi concentrado na formação técnica dos praticantes e na divulgação do verdadeiro caminho do karatê.

Sabendo da importância que o Karatê, representa para a cultura do Brasil, o vereador Oliveira Lima propôs o projeto de Lei para a valorização do método na capital de Alagoas e dos seus praticantes.